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Amanda Paschoal

instagram.com/pasch_al

Todas as imagens neste site foram utilizadas com permissão da artista. Caso queira reproduzir alguma delas, entre em contato com ela.

Pra você, o que é representatividade?

Representatividade é se enxergar no mundo, sentir que você é parte de algo, que algo te representa. Ter sua existência validada dentro de um determinado espaço.

Você acredita que os artistas têm tido uma maior preocupação em fazer trabalhos onde exista representatividade?

Questões políticas tomaram uma proporção muito maior nos últimos anos, colocando contra a parede diversos criadores de conteúdo e artistas, com uma pressão se espalhando até pelas produtoras, editoras e afins. Um posicionamento às vezes mal visto, mas que têm demonstrado alguns resultados positivos, dado a vasta quantia de conteúdo inclusivo que foi produzido, publicado e lançado nos últimos cinco anos.

Quais são os desafios de trabalhar com representatividade? Existe algum cuidado especial?

Não acredito que seja um cuidado especial, é um cuidado de pesquisa e de levar seu conteúdo à sério, tal qual uma questão científica. Conhecer o que você está retratando para não reproduzir falácias e perpetuar visões incoerentes com a realidade.

Sobre o seu trabalho, o que te estimulou a fazê-lo? Você sente que ele tem impacto social?

Sempre ilustrei mulheres e tive esse interesse por como elas eram retratadas em diversas áreas, por ter iniciado meus trabalhos junto com uma corrente feminista forte dentro do ambiente de produção de zines, alguns dos meus primeiros trabalhos tratavam dessas questões com um viés de militância maior. Conforme migrei para o feminismo interseccional passei a me atentar à mais questões de recorte dentro das discussões, também. Hoje ainda sou convidada para ilustrar mulheres em específico para campanhas feministas, mas dentro de meu trabalho autoral todas estas questões técnicas moram na concepção da obra, de maneira menos literal. Escolhendo uma pose diferente, retratando traços faciais andróginos, dentre outras questões. Como também sou quadrinista, sempre que ilustro penso na criatura ilustrada como um personagem com história e contexto. Nas entrelinhas moram significados poderosos. Já recebi muitos agradecimentos e feedbacks positivos de pessoas que se sentiram acolhidas dentro do meu olhar. Acredito que em conjunto essa nova leva de artistas conseguiria obter um forte impacto social, influenciando jovens minorias que el_s possuem tanta capacidade quanto qualquer outr_.

Nesse contexto, qual conselho você daria pra um artista?

Pesquise o que você quer retratar, faça seu trabalho com atenção e dedicação.

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